Sabemos que nosso papel como educadores vai muito além dos conteúdos e grades curriculares, especialmente no mundo atual. Um bom educador é aquele que compreende seu compromisso afetivo e sua própria importância como figura de confiança na vida dos alunos. Tratando-se de prevenção ao suicídio, é ainda mais crucial que a gente se empenhe nesses papéis, buscando sempre criar um ambiente acolhedor, aberto ao diálogo e atento aos sinais de alerta que os alunos possam nos dar. Mas… como podemos fazer isso no dia a dia?
Práticas de Cuidado
Primeiramente, é preciso ensinar nossas crianças e adolescentes a identificarem seus sentimentos; a expressá-los e a gerenciá-los de forma consciente. Proporcionar atividades de educação socioemocional ajuda os alunos a desenvolverem habilidades de resolução de conflitos e resiliência, além de colaborar para reduzir o estresse e a ansiedade.
É também fundamental que se estabeleça um espaço onde os alunos se sintam seguros para falar sobre suas preocupações sem julgamento. Ouvir com empatia, validar os sentimentos e evitar minimizar suas preocupações fortalece a confiança e a conexão.
Independente de campanhas pontuais, falar sempre que oportuno sobre saúde mental e quebrar o estigma em torno do suicídio é uma forma de prevenir o problema. Isso inclui incentivar uma comunicação aberta, adaptada à idade dos alunos e abordando o tema de maneira responsável e orientada.
Atenção aos Sinais
Muitas vezes nós, os educadores, passamos mais tempo com essas crianças e adolescentes do que os próprios familiares, não é verdade? Isso reforça como somos capazes de nos atentar e perceber os sinais mais evidentes no ambiente escolar, que é também o ambiente social do aluno. Comportamentos como isolamento social, declínio no desempenho escolar, falta de interesse em atividades antes apreciadas, mudanças drásticas de humor ou comportamento, sentimentos de desesperança, comentários sobre morte ou suicídio, são sinais e merecem a nossa atenção.
Não estamos sozinhos!
Ao observar qualquer sinal de alerta, é essencial buscar recursos para a realização de um trabalho em conjunto com profissionais de saúde mental e também falar com as famílias. Conversas francas com pais e responsáveis sobre o bem-estar emocional dos alunos aumentam as chances de que eles recebam o suporte adequado fora da escola também.
Fortalecer a saúde mental dos alunos
Mais do que nos atentarmos aos sinais, também podemos prevenir qualquer mal. Ensinar e incentivar práticas de autocuidado, como a manutenção de uma rotina saudável, a prática de atividades físicas e o cultivo de hobbies e interesses são formas de fazer isso.
Nossa prioridade deve ser promover um ambiente onde os alunos sintam que são ouvidos, suas emoções são compreendidas e sua saúde mental respeitada.
Para terminar, um apelo…
Precisamos nos movimentar! Que sejam pequenos passos, mas que sejam constantes. Quaisquer ações em prol da empatia e do respeito no nosso espaço escolar fazem diferença. Toda a comunidade escolar fica bem assim, e agradece! 🙂